Monday, March 06, 2006

 

Estrela, flor, mulher




Um pequeno grão de areia
O que sou nesse momento
Tu uma linda estrela
Que brilha no firmamento
Teu belo porte de dama
Não falta nada sequer
No teu apogeu de fama
Esconde a flor mulher
Jogue a fama para os ares
Deixa a dama pra depois
Venha passear comigo nos ares
Vamos falar de nós dois
Subirei num pedestal
Falar-te-ei de igual
E num momento atrevido
Falarei ao teu ouvido
Oh estrela, flor, mulher.
(Sebastião Zulmair Pires)

 

Sobre mim




Sebastião Zulmair Pires nasceu em Caeté, Santa Maria Madalena, em 31 de outubro de 1937. Terceiro filho de Martiniano Gonçalves Pires e Valquíria Freitas Pires. Tem quatro irmãos.
Na infância trabalhava com o pai na roça, na plantação de milho, cana, e café. Tendo como diversão somente o futebol aos domingos, momento de entrosamento com pessoas de diversos locais.
Em Caeté, não havia rádio ou televisão. Quando apareceu um rádio na fazenda de Tito Parreira foi a maior alegria. O povo ia para lá ouvir a música de Luiz Gonzaga.
Zulmair estudou até a terceira série do Ensino Fundamental. Veio para Itaperuna ainda adolescente residindo no Bairro Aeroporto. Casou-se com Isabel Pessanha Pires, nascida em Morro do Coco, em Campos dos Goytacases. dessa união nasceram três filhos, cinco netos, e dois bisnetos (por enquanto). Pouco tempo após o casamento passou a residir no Bairro Vinhosa onde trabalhou no Comércio de secos e molhados durante 20 anos, até 20 de março de 1984..
Desde jovem foi amante da leitura. Sua primeira grande paixão foi o livro de faroeste, chamado na época de “Livro de bolso”, chegou a ler dois livros por dia. Mais tarde, como membro da igreja Casa de Oração dedicou-se ao estudo da Bíblia Sagrada recebendo muito conhecimento junto aos seus pares, especialmente nos estudos com Délio Boechat Pinto.
Começou a escrever poemas no seu comércio e divertia-se com brincadeiras de pasquim que escrevia para afixar no poste onde “Judas” era colocado no Sábado de Aleluia. Geralmente eram textos satíricos sobre acontecimentos locais. Escreveu acrósticos ( sendo o acróstico Independência ou morte musicado e gravado em LP pela dupla evangélica Abel e Nadir)e dingos políticos. Afeito à política, foi cabo eleitoral, militou na planfetagem durante o período de Ditadura Militar.
Em 1984 mudou-se para Pureza, terceiro Distrito de São Fidelis onde residiu por 17 anos, dirigindo um Indústria de Beneficiamento de Arroz: “Cerealista Itaesa Ltda”, local onde fez muitas amizades, foi vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola, lutou pela construção de uma ponte para o local, o que acabou acontecendo no Governo Garotinho. Fez parte de diversas gestões da Diretoria do Pureza Futebol Clube; participou como jurado em concurso de poesia na Escola Estadual Geraque Colett; freqüentou Roda de Poesia em Cambuci com poetas do local como Haroldo Vernek, Curt Côrtes, Agnaldinho, filho do ex-prefeito Agnaldo Peres Neve, Valdemar Bastos, Jomar, jornalistas, etc.
O poeta, maravilhado ao conhecer os encantos ecológicos das imediações, como a cachoeira de Cambuci compôs poemas ecológicos.
Com a mudança de cidade, mudaram alguns hábitos. Zulmair sentava com os amigos para jogar Buraco nos momentos de folga, chegando a participar de campeonatos.
A vida correndo calma, os encontros com amigos poetas favoreceram para que o poeta praticasse com mais assiduidade seu ofício. Em Pureza ele escreveu a maior parte dos seus poemas. Poemas sobre o fazer literário, poemas sociais, poemas sobre o amor, poemas religiosos que deixam ver um homem idealista, romântico, porém atento ao seu tempo, preocupado com a paz, com o respeito ao Meio Ambiente, com a solidariedade. Um homem que não rendeu-se ao Capitalismo. Um homem que acredita no sacrifício de Jesus na cruz do calvário, na solidariedade, no ser que conhecendo a frágil condição humana busca humanizar-se.
Muitos de seus poemas foram publicados em jornais de Cambuci e de Itaperuna (no Jornal Tribuna do Noroeste).
Retornou a Itaperuna no início de 2001 e desde então tem participado de eventos escolares como o “Cidade que Amanhece Poesia”, magnífico projeto da Escola Estadual Luiz Ferraz; Café Literário no CIEP 467 Henriett Amado, etc.





 


O GRITO DA FLORESTA

Quando o machado se agita
A motosserra se inflama
A floresta em versos grita
Não maltrate quem te ama

A inspiração divina
Nos doou esse convênio
Eu importo gás carbônico
E exporto oxigênio

Agasalho os passarinhos
Que nos fazem tanto bem
As águas de nossos rios
Eu as protejo também

No verão forneço sombra
Na primavera fragrância
Por favor, não me devastem
Isso é falta de elegância

Se alguém corta uma árvore
Devia pensar primeiro
Um pouquinho de saúde
Não se compra com dinheiro

Pense nos seus netinhos
Naqueles que tanto amamos
Pense nos passarinhos
E no ar que respiramos

Os homens maus do passado
Para fazer uma cruz
Feriram a árvore primeiro
Para fazer o madeiro
Para depois ferir Jesus.

( Sebastião Zulmair Pires)

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